Cachaça de Raul Soares em expansão com apoio do Sistema FAEMG

Cachaça de Raul Soares em expansão com apoio do Sistema FAEMG

De acordo com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), 60% da produção nacional de cachaça acontece em Minas. O processo tradicional de fabricação, em alambique, da bebida é declarado Patrimônio Cultural de Minas Gerais.

Com auxílio e apoio do Sistema FAEMG os produtores Sebastião de Morais Bartolomeu, que tem mais de 20 anos de experiência na produção do destilado em Raul Soares, Geraldo Daniel de Assis Souza e Matheus Ciribele de Assis Campos que são grandes entusiastas e atentos ao mercado da cachaça estão se destacando com a cachaça Requinte do Emboque.

A união do conhecimento do trio, o apreço pela cachaça e as capacitações e oportunidades oferecidas pelo Sistema FAEMG tem feito a diferença no sucesso do empreendimento. Sebastião, mais conhecido como Bartolo, cuida de perto da produção desde o plantio da cana ao produto final, ele já fez diversos cursos do SENAR para aprimorar as técnicas.Visualização da imagem

Para Daniel, a participação no Programa Novas Lideranças Rurais, em 2017 foi o divisor de águas. “Eu já conhecia o Bartolo e a qualidade do produto que ele fabricava. O curso foi o pontapé inicial para profissionalizarmos, em parceria, o negócio da cachaça”. Matheus foi o último a entrar na equipe e agregou, principalmente, na divulgação, marketing e vendas. Morador de Belo Horizonte, ele busca parcerias com empórios e bares na capital e região metropolitana, e em Viçosa e região.

A tradição e a inovação andam juntas na Requinte do Emboque. Registrada desse 2020, a marca busca melhorias na qualidade e novos mercados, mantendo as raízes firmes na sua origem. Prova disso é o nome. Uma referência a cachoeira e a represa do Emboque, pontos conhecidos da população e de quem visita a cidade de Raul Soares, onde a bebida é feita. Segundo Matheus, o nome é uma homenagem.

“Queríamos criar primeiro uma conexão com Raul Soares, e depois partir para outras regiões através das águas do emboque. E o requinte veio para enfatizar que a cachaça pode ter seu espaço como uma bebida de excelência e tirar dela a visão de produto inferior”.

Parceria e oportunidades

“A parceria com o Sistema FAEMG vem nos proporcionando grandes evoluções”, enfatizou Matheus ao citar as oportunidades de negócios, posicionamento no mercado e experiências em feiras e exposições viabilizadas pelo Empório SENAR.

Em 2021 a equipe esteve na Expocachaça, maior evento do segmento no Brasil. O momento foi a realização de um sonho. “Participar dessa exposição com estande de produtos próprios foi um privilégio. Recebemos muitos relatos positivos sobre a qualidade sensorial da nossa cachaça. E a satisfação do Bartolo em ter vivenciado a feira, para nós, foi incrível e valeu muito a pena”, contou Matheus.

Nosso espaço ficou cheio o tempo inteiro. Quem experimentava sempre voltava pelo atendimento e pela boa prosa. Nesse evento, o SENAR nos proporcionou estar lado a lado com marcas conhecidas e grandes no mercado, e mesmo ainda pequenos no segmento, esse apoio nos tornou gigantes”, disse Daniel.

Este ano, a convite do Sistema FAEMG, os produtores estiveram em um evento sobre tecnologia e inovação no Expominas, ABRAMULTI, e celebraram os bons negócios e novos contatos. “Convidamos as pessoas para o nosso estande com a frase ‘Cachaça, tecnologia e uma boa prosa se conectam aqui’ e recebemos muitas pessoas para brindar os bons negócios feitos no evento com a bebida que é a cara de Minas”.

Melhorias para o presente e o futuro

Atualmente, a equipe produz cerca de 20 mil litros de cachaça por ano. A expectativa para a safra de cana de açúcar em 2022 é boa, e os empreendedores estão reforçando a produção e melhorando os processos para aproveitar as oportunidades sem perder a qualidade. “Queremos um produto diferenciado e estamos construindo um caminho sólido com auxílio dos parceiros e de consultorias. Isso nos motiva a trabalhar no dia a dia e fazer a cachaça ganhar visibilidade e mercado”.

Para o futuro, o planejamento inclui participar de concursos, buscar a medalha na Expocachaça, fazer cursos ligados à produção e de sommelier, e apurar cada vez mais a identidade sensorial e técnicas de produção da bebida.

Daniel destacou que está em contato constante com o Sindicato dos Produtores Rurais de Raul Soares. Ele enfatizou o fundamental apoio da entidade a eles, e disse que já solicitou a realização de cursos sobre cachaça no município. “O Sindicato junto ao SENAR, tem feito a diferença na agropecuária da região. A visibilidade e a fama que a nossa cachaça tem hoje é graças ao nosso trabalho e parceria com o Sistema FAEMG”.

O ex-presidente do Sindicato, atualmente Secretário de Agricultura de Raul Soares, Pedro Silveira da Silva foi grande incentivador dos produtores à frente do Sindicato e reconhece a importância do empreendimento para o fortalecimento do agro e do turismo da cidade.

“Somos uma cidade turística em ascensão e a Requinte do Emboque representa com excelência a nossa riqueza cultural e gastronômica. Muitos visitantes já buscam pela bebida quando chegam. É prazeroso saber que nós fazemos parte da evolução e crescimento desse negócio, e saber que os produtores seguem buscando capacitações e melhorias”.

Assessoria de comunicação do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos em Viçosa 

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