Cruzeiro é derrotado pelo Oeste dentro de casa em novo vexame na Série B

Cruzeiro é derrotado pelo Oeste dentro de casa em novo vexame na Série B

A derrota ainda foi mais dolorosa para o Cruzeiro porque, favorecido por outros resultados, ficaria a 5 pontos do G4 a 4 rodadas do fim da Série B caso vencesse o Oeste. Mas com a derrota parou nos 44 pontos, na 13.ª colocação, a 8 do grupo do acesso e aos mesmos 8 da zona de rebaixamento.

A derrota amplia a péssima campanha do Cruzeiro como mandante na Série B, a segunda pior entre os 20 participantes, com 5 vitórias, 6 empates e 6 derrotas. E se deu em uma péssima noite dos titulares do seu setor ofensivo, com exceção de Rafael Sobis, jogador mais perigoso do time durante os 90 minutos.

No 1º turno, o empate por 0 a 0 em Barueri provocou a queda de Ney Franco, o antecessor de Felipão. Agora com a derrota no Independência, o Cruzeiro vai terminar a Série B sem ter vencido e marcado gols no lanterna, já vazado 54 vezes, tendo a pior defesa.

O triunfo dá um respiro, talvez o último, ao Oeste, que chegou aos 26 pontos, a 12 do Vitória, o primeiro time fora da zona de rebaixamento com mais 12 pontos a disputar na Série B.

Os times voltarão a atuar no sábado. O Cruzeiro visitará o Juventude, no Alfredo Jaconi, às 19 horas, enquanto o Oeste vai receber o Confiança, às 21h, na Arena Barueri.

O JOGO – O Cruzeiro foi para o jogo em crise, exposta pela decisão do elenco de não concentrar na noite anterior ao duelo em função dos atrasos salariais, e com mudanças, como as apostas em Welinton e Marcelo Moreno para completar o trio ofensivo com Rafael Sobis, pois Giovanni e Pottker estavam suspensos, além do retorno de Manoel à zaga.

De início, enquanto o Oeste se fechava na defesa, o Cruzeiro tentava encontrar espaços, mas não tinha êxito, tanto que só chegou com perigo em uma cobrança de falta de Rafael Sobis, aos dez minutos.

E com o nível sofrível de criação da equipe mineira, o time paulista começou a se arriscar no ataque. Quase marcou aos 28, após boa jogada individual de Pedrinho e finalização perigosa de Caio.

O Cruzeiro, por sua vez, só conseguia ser perigoso quando a bola chegava em boas condições para Sobis, que parou em difícil defesa de Caíque França aos 32. Mas quem marcou foi o Oeste. Aos 41, Raí Ramos foi até a linha de fundo e cruzou na pequena área onde estava Fábio.

Ele subiu mais do que Manoel e testou. Seu xará cruzeirense tentou a defesa, mas não conseguiu evitar que a bola entrasse.

Insatisfeito, Felipão fez duas alterações no ataque do Cruzeiro no intervalo, apostando em Claudinho e Stênio nas vagas de Airton e Marcelo Moreno. O time demorou um pouco a se ajustar, mas depois dos 10 minutos chegou a impor uma blitz, exibindo mais organização e qualidade.

Acertou a trave com Machado aos 11, viu Claudinho, que melhorou a criação, deixar Sobis em ótima condição de marcar aos 13, mas parar em Caíque França. E o próprio Sobis perdeu outra chance aos 17.

Mas a pressão arrefeceu porque o Oeste passou a se defender melhor, enquanto o Cruzeiro concentrava as jogadas pelo meio. Chegou a correr um grande risco aos 34, quando Fábio evitou o gol de Raí Ramos em rápido contra-ataque, concluído com um chute rasteiro.

No fim, até Manoel se lançou ao ataque, como centroavante. Mas nada de fazer o time superar a pior defesa da Série B.

Por Leandro Silveira
Estadão Conteúdo

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