Empresa de consultoria em exportação das Matas de Minas é destaque na Suíça

Uma empresa exportadora co-fundada por um premiado barista que desenvolveu sua própria fermentação. Uma fazenda familiar 100% alimentada por funcionários em tempo integral. Uma cooperativa que faz homens doar cafeeiros para suas esposas. Esses são alguns dos muitos produtores de cafés especiais embarcados pela Algrano nos últimos meses.

Alguns desses produtores nunca fizeram comércio direto e estão vendendo grãos de café online pela primeira vez. Outros estão se preparando para enviar amostras frescas à medida que a colheita avança. Nosso escritório em Zurique está se enchendo com uma divertida variedade de diferentes tipos de cafés Arábica (e alguns Robusta também). Estamos felizes em ver mais cafeicultores que querem demonstrar seu potencial!

Uma selfie com a Coorpol em Manhuaçu Brasil. Luciano (à direita) e Vanessa com a equipe da cooperativa (Foto: Algrano)

Hoje, vamos compartilhar as histórias de dois desse novo lote de produtores. Você poderá ler outras entrevistas em uma série de postagens de blog nos próximos meses, com os links para solicitar amostras e entrar em contato. Assista esse espaço!

Mikael Jasin, acima, é o campeão indonésio Barista 2019 e 2021 (Foto: Catur Coffee Company)

Um barista premiado que criou leveduras para fermentação de café

Mikael Jasin venceu o Campeonato de Baristas da Indonésia em 2019 e 2021. Para fazer isso, ele passou um tempo experimentando a fermentação do café. Há alguns anos, fez um curso de processamento anaeróbico com Jamison Savage , famoso por produzir alguns dos melhores cafés do Panamá, e queria fazer o mesmo na Indonésia.

Em 2019, Mikael viajou pelo arquipélago para encontrar seu próximo café de competição. Kenny Ang, um comerciante, perguntou se ele poderia acompanhá-lo. “Eu poderia ser seu motorista,” ele sugeriu.

Os dois passaram um mês juntos, processaram 6 toneladas de grãos de café e ficaram amigos. E a partir dessa amizade, eles decidiram co-fundar a Catur Coffee Company , um projeto irmão da empresa de treinamento e consultoria de MikaelEmpresa de café tão bom .

Kenny, cofundador da Catur (Foto: Catur Coffee Company)

“Catur significa quatro em sânscrito”, explica Kenny. “É uma referência aos quatro principais perfis de gostos diferentes em nossa coleção.” A dupla trabalhou com microbiologistas para desenvolver suas próprias leveduras e bactérias e criaram protocolos exclusivos para a fermentação do café. Eles desenvolveram um Manual do Agricultor para ajudar os processadores a atingir seus principais perfis: Bumi, Kamala, Pucuk e Senja.

Coleção de Fermentação de Catur:

• Bumi é o método mais tradicional e tem notas de chocolate, especiarias quentes e doçura que as pessoas associam ao café indonésio. “Tentamos melhorar o perfil de sabor para ficar ainda melhor, com um caráter mais claro e limpo. A Bumi utiliza um processo de fermentação aeróbica em tanque a céu aberto, com adição de inoculantes de fermentação à base de levedura”, escrevem no manual.
• Kamala significa Flor de Lótus. “Este perfil de sabor é a nossa interpretação do sabor de um café indonésio ideal, produzido usando técnicas de processamento pós-colheita experimentais, mas controladas.” Esta coleção é marcada por sabores de frutas, bebidas fermentadas como vinho e licor e cacau “que raramente é encontrado em cafés indonésios”. “Conseguimos esses resultados através do processo de fermentação anaeróbica, levedura e fermentação bacteriana, empurrando a fermentação para o topo da curva e depois secando as cerejas inteiras.”
• Pucuk “reflete a ponta de uma folha ou o ápice da planta”. Este perfil de especialidade de gama média é caracterizado pela elegância e suavidade, “como um chá com aroma frutado de amarelo e roxo”. “Conseguimos isso com a ajuda da fermentação anaeróbica, inoculantes à base de leveduras e bactérias, e secando lentamente com toda a mucilagem.”
• O nome Senja vem das cores do pôr do sol, amarelo e laranja. “Este perfil de sabor é caracterizado por uma combinação de um espírito mais profundo e complexo com uma doçura frutada e um corpo redondo. Assim como os demais perfis, o processo consiste em uma combinação de técnicas de fermentação seguidas de secagem após a casca da cereja ser descascada.

A empresa desenvolveu quatro protocolos principais de fermentação (Foto: Catur Coffee Company)

Catur tem um relacionamento próximo com a Bright Java e foi apresentado à Algrano por Troy Kiper . Para produzir grãos de café experimental de forma sustentável, Kenny explica que “nos comprometemos com qualquer volume que vamos fazer antes do início da colheita e tentamos chegar a um acordo sobre os preços”. Os agricultores têm segurança sobre a compra seis meses antes da safra.

Equipe de Catur com Troy Kiper (segundo à direita) na Indonésia (Foto: Catur Coffee Company)

Dando visibilidade a produtores de café talentosos

Os processadores às vezes são céticos em relação aos métodos experimentais, mas “no segundo ano trabalhando juntos, eles conhecem os resultados e veem mais pessoas começando a procurá-los”, diz Kenny.

O objetivo da Catur é trabalhar com o maior número possível de processadores para melhorar sua qualidade e consistência, ajudando-os a obter a exposição necessária para o comércio direto.

“Existem milhares de processadores desconhecidos na Indonésia e eles não têm uma plataforma para mostrar o que fazem. Muitas pessoas têm talento, mas estão sendo bloqueadas ou escondidas. É aí que entramos, para colocá-los expostos ao mundo.”
A temporada da Indonésia está em andamento, mas você já pode solicitar amostras do tipo Catur abaixo. Temos três lotes Kamalacom perfis pontuais combinando frutas tropicais, acidez lática e notas florais e de cacau.

Pequenas propriedades familiares lutando o bom combate no Brasil

Matas de Minas region in the East of Minas Gerais (Photo: Coorpol)

A cidade de Manhuaçu é um centro de comércio de café em Minas Gerais, Brasil , perdendo apenas para Varginha. É um dos 63 municípios cafeicultores da região conhecida como Matas de Minas.

Esta área montanhosa é uma porção da Mata Atlântica brasileira na bacia do Rio Doce, na fronteira com o estado do Espírito Santo (Espírito Santo). É também sede da Coorpol, a Cooperativa Regional de Indústria e Comércio de Produtos Agropecuários do Povo que Luta .

Os 141 agricultores da Coorpol são vizinhos dos conhecidos produtores orgânicos Fazendas Klem e Fazendas Dutra, ambas localizadas a uma curta distância de Manhuaçu.

Assim como eles, a cooperativa está promovendo a agricultura orgânica e ampliando o número de associados que podem cultivar grãos de café sem fertilizantes. Mas, ao contrário das centenas de hectares cultivados pelos dois primeiros, os associados da Coorpol são todos agricultores familiares com cinco hectares em média.

Pequenos produtores da região não conseguiam encontrar mercado para cafés orgânicos no passado (Foto: Coorpol)

Agricultura sustentável x mineradoras

A cooperativa é comandada por Flânio Alves da Silva. Ele próprio um pequeno produtor de café, Flânio também está profundamente envolvido na luta contra as mineradoras, que extraem bauxita na região para produzir alumínio e colocam em risco os mananciais.

No passado, o agricultor atuou como Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, defendendo Manhuaçu contra as atividades de mineração e promovendo a agricultura sustentável. Agora, o comércio direto é o próximo marco.

A Coorpol descobriu a Algrano graças a Luciano Oliveira, CEO da OrigeNOW Agro Solutions , consultoria brasileira que atende agricultores e organizações com foco nos segmentos de especialidades e orgânicos.

Luciano, que também está por trás do sucesso deFazendas Klem e Fazendas Dutra , explica que há cerca de 20 anos houve um grande movimento em direção à agricultura orgânica. “Não foi bem sucedido porque eles não conseguiram encontrar um mercado para o café na época. Muitos produtores caíram em descrença.”

A cooperativa tem projetos de apoio ao café feminino e à venda de mel, frutas e hortaliças (Foto: Coorpol)

A luta pela produção orgânica

Após o fracasso com os orgânicos, grupos de pequenos agricultores como a Coorpol foram atraídos para o Comércio Justo como forma de obter um preço melhor . “Eles venderam muito café por volta de 2010, quando havia uma demanda muito alta por Fairtrade”, diz Luciano.

Ironicamente, os compradores Fairtrade logo começaram a pedir Fairtrade Organic e a Coorpol ficou sem mercado mais uma vez. “A maior demanda se tornou por FTO, então eles não podiam negociar.”

Agora que outras fazendas em Matas de Minas provaram que os grãos de café orgânico têm mercado, Luciano está lentamente ajudando a Coorpol a atrair novos agricultores e converter outros.

“ Mineirossão pessoas muito suspeitas. Quando comecei a dar palestras sobre orgânicos aqui levei uma surra! Eles falariam abertamente contra isso, apoiados por empresas químicas que dizem que a agricultura orgânica não rende. Mas aí, quando eu falo de Klem e Dutra… aí eles escutam.”

A Coorpol é certificada pela Faitrade and Organic, com um pequeno mas dedicado grupo de agricultores orgânicos (Foto: Coorpol)

Agora que a Coorpol tem um fornecimento constante e consistente de café Fairtrade e orgânico, a cooperativa quer começar a exportar diretamente para torrefadores europeus que valorizam a agricultura familiar orgânica.

“A Coorpol não é como uma dessas grandes cooperativas que são mais compradoras e exportadoras do que um grupo de produtores”, começa Luciano. “ Eles são o negócio real , uma verdadeira cooperativa liderada por pequenos agricultores com ligação ao campo. E o Flânio é muito respeitado por aqui por causa de sua história com a agricultura familiar. Eles têm essa verdade.”

A colheita está atrasada no Brasil mas as amostras da Coorpol foram enviadas para Zurique e estarão disponíveis em breve. O link abaixo o levará à página de ofertas, onde você pode salvar a Coorpol em sua lista de pesquisa e receber um e-mail assim que as amostras estiverem disponíveis para pedido.

Por Written by Luiza Furquim / blog.algrano.com

www.origenow.com