Estado Islâmico reivindica atentado que deixou 45 mortos em Bagdá

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Um carro-bomba explodiu nesta quinta-feira (16) em um mercado de Bagdá, no terceiro atentando em três dias na capital iraquiana. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque.

O número de mortos ainda é incerto, mas a CNN fala em 45, além de 56 feridos, citando um funcionário de segurança do país. Segundo a agência EFE, ao menos 40 morreram e outras 60 ficaram feridas.

“Um ataque terrorista com carro-bomba ocorreu perto da área de concessionárias de carros em Bayaa e causou a morte de 45 pessoas”, indicou em um comunicado o porta-voz do comando militar encarregado da capital iraquiana.

Um funcionário do ministério do Interior forneceu uma avaliação semelhante, acrescentando que 60 pessoas ficaram feridas.

A explosão ocorreu no bairro de Bayaa, no sul de Bagdá, onde na terça-feira quatro pessoas morreram em outro ataque, informou a fonte. Ele explicou que as equipes de resgate lutavam para fazer o seu trabalho e que o número de vítimas ainda pode aumentar.

Imagens transmitidas por militantes nas redes sociais mostraram corpos carbonizados e mutilados, assim como grandes danos na área atingida, enquanto a Defesa Civil ainda tentava extinguir o fogo.

Ataque mais violento

Segundo a agência France Presse, este foi o ataque mais violento na capital iraquiana desde o início do ano. O EI é alvo de uma ofensiva das forças iraquianas que tentam expulsá-lo de Mossul, seu último reduto no país. Desde o lançamento da ofensiva, em 17 de outubro, Bagdá enfrenta um ressurgimento dos ataques do EI.

O grupo extremista reivindicou o ataque, afirmando ter visado “uma reunião de xiitas”, em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda, Amaq. A organização extremista sunita considera herege a comunidade xiita, majoritária no Iraque.

No dia anterior, o EI reivindicou um atentado suicida no bairro xiita de Habibiya, vizinho de Sadr City, no norte da capital. Um suicida explodiu seu veículo, matando 11 pesoas.

Recuperação de Mossul

Apoiadas pela coalizão antijihadista internacional liderada pelos Estados Unidos, as forças iraquianas recuperaram o controle no último mês da parte oriental de Mossul, encontrando forte resistência por parte dos combatentes do EI.

Elas se preparam agora para lançar uma ofensiva para recuperar a parte ocidental, do outro lado do rio Tigre, mais densamente povoada.

Além da luta contra o EI, o governo iraquiano está mergulhado em uma crise política.

Enfrenta desde 2015 um movimento de contestação animado principalmente por simpatizantes do clérigo xiita Moqtada Sadr, que exige melhorias dos serviços públicos, reformas políticas e acusa os políticos de corrupção e nepotismo.

g1

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