Mulher é esfaqueada e colocada em saco plástico ainda viva

É sempre assim. Quando a bebida na festa acaba, a galera se reúne e faz uma “vaquinha”. Todo mundo contribui, e, no final, dá para comprar mais uma rodada. Em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, uma mulher, que estava junto com um casal de amigos usando drogas, foi esfaqueada e colocada por eles dentro de um saco plástico viva, nessa quarta-feira (31), por não aceitar contribuir com a tal vaquinha por mais entorpecentes. Os suspeitos foram presos nesta quinta-feira (1º) e confessaram o crime.
Joana D’Arc da Cruz, de 54 anos, está internada em estado gravíssimo no Hospital Regional Antônio Dias. Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu no bairro Bela Vista, na casa dos suspeitos. Um homem, de 26 anos, e a companheira, de 21 anos, ambos já conhecidos pela polícia e com antecedentes criminais, foram presos em flagrante com o carro de Joana. Eles responderão por furto e tentativa de homicídio qualificado.
Descarte. Após serem presos, os suspeitos contaram a dinâmica do crime. De acordo com a Polícia Militar, o homem contou que o trio se reunia costumeiramente na casa dele para usar crack. Quando a droga acabou, ele e a companheira pediram que Joana desse o carro dela para que eles retirassem algumas peças e o levassem para ser trocado por mais drogas. Como a vítima se recusou, eles começaram a discutir.
Ainda conforme o depoimento do suspeito à polícia, a intenção deles não era matar a mulher, mas eles foram tomados “por um estado de fúria”. Ele afirmou que, após agredirem Joana com socos e chutes, ele pulou em cima da vítima e a estrangulou até perder os sentidos. Enquanto isso, a companheira dele pegou um facão e deu um golpe na barriga da mulher.
Acreditando que Joana estivesse morta, os dois colocaram a vítima dentro de um grande saco plástico, deixaram-na escondida no quarto do suspeito e foram à rua trocar o carro pelas drogas.
Joana foi encontrada por um irmão do suspeito, que a localizou enquanto os suspeitos estavam fora de casa e acionou a PM e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Estável. Segundo a equipe médica do Hospital Antônio Dias, Joana chegou à unidade inconsciente e com cortes no rosto e no abdômen. Ela corre risco de vida, mas o quadro está estável.
‘Mãe homicida’
De imediato, a mulher não confessou o atoe. Segundo a Polícia Militar (PM), ela culpou o companheiro pelo crime e disse que se opôs às agressões a Joana. Contudo, enquanto era levada para o presídio Sebastião Satiro, a suspeita mudou a versão. Disse que esfaqueou a mulher porque se considera “mãe homicida”.
A suspeita também contou que a intenção dela e do companheiro era descartar o corpo de Joana no rio Paranaíba, assim que eles retornassem para casa. Porém, o casal foi encontrado pela PM trafegando no carro da vítima, na avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade, ainda durante a madrugada de ontem. Câmeras do Olho Vivo auxiliaram na localização dos suspeitos.

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