Preso desde dezembro, vereador Ronilson está licenciado e com o salário suspenso

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A defesa do vereador Ronilson Marcílio Alves (PTB), o advogado Dário Júnior, protocolou o pedido de licença do mandato de seu cliente em 23 de fevereiro. A solicitação oficial foi feita ao presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Caratinga (CMC), o vereador Valter Cardoso de Paiva (DEM). O jornalismo do Super Canal teve acesso nesta quinta-feira (02/03), ao documento protocolado e assinado pelo vereador Ronilson.
O político está preso preventivamente desde o dia 19 de dezembro e responde a um processo criminal por extorsão. A licença automática está baseada no Regimento Interno da Câmara de Caratinga, segundo explicado pelo vice-presidente da Câmara, o vereador Diego Oliveira.
De acordo com o que trata o Parágrafo 3º do Artigo 18 do Regimento Interno, independentemente de requerimento, considera-se como licença o não comparecimento às reuniões de vereador privado, temporariamente, de sua liberdade, em virtude de processo criminal em curso. “A Câmara tem que agir por lei. Ele só fez um requerimento para garantir que, realmente, o Regimento Interno, de ofício, fosse cumprido. Na verdade, já estava sendo cumprido desde o dia 14, que foi a primeira reunião após recesso. E, o vereador Ronilson, privado de sua liberdade, não compareceu à reunião, então, automaticamente, ele entrou de licença”, disse Diego.
Reeleito em 02 de outubro com 854 votos, sendo o quarto vereador mais votado, Ronilson tomou posse do cargo na Câmara em 03 de janeiro, quando chegou algemado e escoltado por agentes penitenciários. A cena do vereador preso sendo empossado repercutiu nacionalmente. Durante o tempo em que estiver de licença, Ronilson não exercerá as competências, as obrigações e os deveres de vereador. Devido ao afastamento temporário, o vereador também está com o salário suspenso.
“Como a Câmara estava de recesso e exigia obrigatoriamente o comparecimento do vereador às reuniões, que embora não estavam acontecendo, mas os vereadores se encontravam aqui, normalmente, então, antes disso, ele estava recebendo. Recebeu o mês de janeiro, conforme os outros vereadores, e quando ele não compareceu à primeira reunião e entrou automaticamente de licença, interrompeu-se o seu salário. Ele recebeu proporcional em fevereiro e a partir do dia 14, o salário dele já foi suspenso. Não faz jus ao salário”, ressaltou Diego.
Ronilson e outras três pessoas foram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público (MP) pelos crimes de extorsão e organização criminosa. A audiência de instrução e julgamentos dos acusados investigados na Operação ‘Bolso Cheio’ será dia 13 de março, no Fórum Desembargador Faria e Sousa. A Operação Bolso Cheio investigou uma suposta organização criminosa suspeita de chantagear um padre, para que um vídeo íntimo da vítima não fosse divulgado. As investigações apontaram que os investigados teriam exigido inicialmente R$ 200 mil para não divulgar o conteúdo do vídeo. A licença do vereador Ronilson é por tempo indeterminado.
Diante do afastamento temporário de Ronilson, o vice-presidente da Câmara informou que há possibilidade do suplente, Ronaldo da Milla (PSB), que obteve 825 votos, ser convocado e assumir a vaga do vereador licenciado.
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