Sumiço de vacinas vira caso de polícia

Sumiço de vacinas vira caso de polícia

O desaparecimento de seis doses de vacina contra a Covid-19 na Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte, virou alvo de investigação policial. Além do inquérito aberto pela Polícia Civil, a  Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), responsável pela unidade, também investiga o extravio.

Recentemente, a maternidade recebeu 983 doses da CoronaVac para imunizar os profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia. Contudo, na última segunda-feira (25), durante contagem dos imunizantes, a instituição deu falta de seis doses.

“Tão logo tomou conhecimento do fato, foi registrado boletim de ocorrência policial e iniciada apuração de responsabilidades. O ocorrido foi encaminhado ao Núcleo de Correição Administrativa da Fhemig para a tomada de providências e notificado à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte”, informou.

No âmbito policial, a investigação está em andamento na 3ª Delegacia de Polícia Civil Centro. Até que o caso seja esclarecido, a Fhemig trocou a comissão de vacinação “para dar continuidade ao plano de vacinação dos trabalhadores, com toda a transparência e integridade necessárias”.

Até o momento, 675 funcionários do local foram vacinados.

Vacinação ilegal

Outra sindicância relacionada a possível irregularidade no plano de vacinação da Fhemig está sendo apurada. A fundação investiga o motivo da diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/ MG), Neuza Freitas, ter sido imunizada. Servidora do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), ela está afastada da função de técnica de enfermagem da unidade desde 2017 por causa do serviço na entidade sindical. Por não atuar na linha de frente contra a Covid, a Fhemig entende que ela não deveria ter sido imunizada.

Denúncia

Para coibir interferências e o desrespeito à estratégia de vacinação, o Governo de Minas adotou medidas severas. A Ouvidoria-Geral do Estado (OGE/MG) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE/MG) determinaram que o plano de vacinação seja rigorosamente cumprido, “garantido o cumprimento das regras e dos critérios de imunização, conforme determinação do Ministério da Saúde”.

Denúncias relacionadas ao processo de vacinação, como o descumprimento da ordem prioritária de imunização, podem ser feitas pelo Canal Coronavírus, da Ouvidoria-Geral do Estado. Na primeira semana de vacinação, o órgão registrou 47 denúncias de possíveis irregularidades. Elas vão desde os fura-filas até as doses roubadas e desviadas.

Fonte:  Jornal O TEMPO

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