Acidentes de trânsito matam seis vezes mais homens do que mulheres no Brasil

Os acidentes no trânsito matam seis vezes mais homens do que mulheres no Brasil. A faixa etária que mais perde a vida após batidas, capotagens e atropelamentos é formada por jovens de 20 a 29 anos. As informações foram dadas pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, nesta quinta-feira (2), durante o lançamento da campanha Maio Amarelo, cujo objetivo é conscientizar sobre a importância da segurança no trânsito.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2022, 34 mil pessoas morreram no país em razão de acidentes de trânsito. Foram contabilizadas ainda 212 mil internações, gerando um custo de R$ 350 milhões.

Carro parte ao meio após batida na BR-376 em Nova Londrina

“(O valor) poderia ser investido na construção de hospitais, unidades. Mas estamos internando jovens”, destacou Ethel Maciel. “Se a gente olhar os últimos cinco anos, o nosso trânsito mata mais jovens do que muitos países que estão em guerra. É algo muito grave”.

Campanha Maio Amarelo 

A campanha Maio Amarelo 2024 foi lançada pelo Ministério dos Transportes, por meio da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

Na edição deste ano, o tema escolhido, por meio de voto popular, foi “Paz no trânsito começa por você”. A campanha prevê uma série de ações a serem desenvolvidas por órgãos que integram o Sistema Nacional de Trânsito (SNT).

“É um momento importante, de reflexão de todos nós. É fazer a sociedade refletir um pouco sobre a importância que precisamos colocar no dia a dia de nossas famílias, de todos os órgãos envolvidos na segurança viária. É muito importante a gente preservar vidas no trânsito”, avaliou o secretário executivo do ministério, George Santoro (foto).

“O Brasil, infelizmente, vem tendo um desempenho não satisfatório. A gente tem muitas mortes no trânsito, em nossas ruas, vias e estradas”, completou, durante cerimônia de lançamento da campanha em Brasília. Segundo ele, foram elencados mais de 5 mil pontos classificados como críticos em rodovias – onde é mapeado o maior número de acidentes.

O diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Luciano Lourenço, destacou, durante o evento, a importância da empatia e das atitudes individuais e coletivas para garantir paz e segurança no trânsito. “Quando a gente fala de paz no trânsito, a gente fala de atitudes. Atitudes que minimamente ou majoritariamente promovem a vida.”

“Ser capaz de se colocar no lugar do outro, ter empatia e paciência. No trânsito urbano, isso é mais incomum ainda. Nessa loucura que a gente tem, com o tic-tac do relógio pressionando o nosso tempo, fazendo com que a nossa cabeça pense mil coisas ao mesmo tempo, a paciência, muitas vezes, nos falta. E essa impaciência pode ser refletida na agressividade ou na falta de atenção, como em um atropelamento, ceifando alguma vida.”

*Com informações da Agência Brasil 

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