Distrito de Ouro Preto volta para a Onda Vermelha

Distrito de Ouro Preto volta para a Onda Vermelha

O distrito de Antônio Pereira, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, voltou para a Onda Vermelha do Minas Consciente – programa do governo do Estado que classifica as regiões em ondas conforme o número de casos de Covid e determina medidas para conter a doença.

Segundo o decreto publicado pela prefeitura na última sexta-feira, a inclusão da cidade na chamada Onda Vermelha Restritiva será, a princípio, por 14 dias com o objetivo de reduzir o número de casos. No entanto, há possibilidade de prorrogação por mais 14 dias, o que incluiria o período festas de final de ano.

Assim, desde o último sábado (3), estabelecimentos comerciais só podem funcionar até 20h; a venda de bebidas alcoólicas está proibida entre 20h e 5h; bares, restaurantes, lanchonetes e congêneres, não podem funcionar por 14 dias; e está proibida a realização de festas. O decreto também determinou o fechamento das escolas, academias, clubes, salões de beleza e clínicas de estética e a redução do número de passageiros nos ônibus.

A decisão foi baseada em um parecer técnico emitido pela Superintendência em Vigilância de Saúde e Corpo Técnico do Município de Ouro Preto que aponta para um crescimento do número de casos de Covid na cidade a partir de novembro.

Segundo o documento, chegou-se a 6.421 casos na semana epidemiológica 45 (21 a 27 de novembro), sendo que em 26 de novembro o município registrou o maior número de novos casos em um único dia, sendo 22 pessoas diagnosticadas com a doença.

Já a inclusão do distrito de Antônio Pereira na Onda Vermelha se deu porque, segundo o parecer, a localidade concentra 38,57% dos novos casos registrados no município desde a 45ª semana epidemiológica de 2021, sendo que possui uma população aproximada de 3.500 habitantes.

PESQUISA EM ANTÔNIO PEREIRA

A contaminação por Covid-19 em Antônio Pereira sempre chamou a atenção e, inclusive, foi alvo de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) no ano passado.

Na época, a médica infectologista Carolina Ali Santo, que fazia parte do grupo de pesquisa, explicou que foi em Antônio Dias que foi diagnosticado o primeiro caso da doença em Ouro Preto.

Acrescentou ainda que a localidade tinha alta incidência do coronavírus por ser uma região de mineração e receber muitos trabalhadores de fora. Inclusive, por conta do alto índice de contaminações, o Ministério Público acionou a prefeitura e as mineradoras para que fossem tomadas providências.

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