Igreja da Escócia permite casamento entre pessoas do mesmo sexo

Igreja da Escócia permite casamento entre pessoas do mesmo sexo

O casamento gay foi permitido na Igreja da Escócia. Na semana passada, a maioria dos membros da Assembleia-Geral em Edimburgo deu sinal verde à medida. O placar final registrou 274 votos a favor e 136 contra.

“A igreja está empenhada em garantir que os debates sobre esse assunto sejam realizados com espírito de humildade e graça, o tom e o teor das discussões sejam civis e as pessoas respeitem aqueles que têm opiniões opostas”, disse Iain Greenshields, reverendo e moderador da assembleia, em entrevista à BBC.

Integrante da assembleia, o reverendo Scott Rennie foi um dos articuladores da permissão ao casamento gay na Igreja da Escócia. Rennie se tornou o primeiro clérigo declarado homossexual, em 2009.

A assembleia também retirou as palavras “marido” e “esposa” da Lei de Reconhecimento de Serviços de Casamento, de 1977. Agora, a legislação determina que “a solenização do casamento será realizada por um ministro ou diácono ordenado em uma cerimônia religiosa em que, diante de Deus, e na presença do ministro ou diácono e de ao menos duas testemunhas competentes, as partes se comprometem a tomar um ao outro em casamento enquanto ambos viverem, e o ministro ou diácono declara que as partes estão casadas”.

Reação contra o casamento gay

O Covenant Fellowship Scotland, um think tank de evangélicos da Igreja da Escócia, considerou “erro sério” a decisão. “A Assembleia-Geral da Igreja da Escócia, ao converter uma abertura que permite que ministros e diáconos oficiem casamentos do mesmo sexo em um Ato da Igreja, agiu de uma maneira que é antibíblica e pecaminosa”, informou.

“Todos nós temos um profundo cuidado pastoral e preocupação por aqueles que desejam entrar em casamentos do mesmo sexo, e entendemos o impulso pastoral de ministros e diáconos que desejam ajudar as pessoas nos momentos-chave da vida”, acrescentou o think tank.

 

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