Indonésia e Austrália estudam candidatura para disputar sede da Copa de 2034 com Arábia Saudita

Indonésia e Austrália estudam candidatura para disputar sede da Copa de 2034 com Arábia Saudita

A Indonésia negocia com a Austrália a apresentação de uma candidatura comum para sediar a Copa do Mundo de 2034. A informação foi divulgada pelo presidente da Federação Indonésia de Futebol, o milionário Erick Thohir. O principal concorrente é a Arábia Saudita, que conta com o apoio da Confederação Asiática de Futebol (AFC) é considerada a grande favorita a ser a escolhida para o Mundial de 2034.

“O lado australiano disse ‘vamos juntos’ e eu disse ‘Ok, estamos dispostos'”, informou Thohir nesta quarta-feira ao jornal australiano The Sydney Morning Herald. Ele é membro do governo indonésio e também foi dono da Inter de Milão durante a década de 2010.

A Federação Australiana de Futebol confirmou na semana passada que estudava a viabilidade de uma candidatura para sediar o Mundial de 2034, mas sem mencionar um processo comum com a Indonésia. Veículos internacionais de notícia dão conta, ainda, que Malásia e Cingapura podem se juntar à candidatura.

Na semana passada, a Fifa anunciou que a edição de 2030 da Copa do Mundo, quando o torneio completará 100 anos, será disputada em seis países, de três continentes diferentes: Espanha, Portugal, Marrocos, Argentina, Uruguai e Paraguai. Os três países sul-americanos vão receber apenas o primeiro jogo de suas respectivas seleções.

A Fifa aproveitou o anúncio para convidar candidaturas da Ásia e Oceania para a Copa seguinte. A Arábia Saudita, que tinha o objetivo de sediar o Mundial de 2030, confirmou a sua candidatura e larga na frente para receber a Copa de 2034.

O Fundo de Investimento Público (PIF) do país rico em petróleo investiu pesado nos quatro principais clubes da liga nacional – Al-Hilal, Al-Nassr, Al-Ittihad e Al-Ahli – e trouxe estrelas da Europa para jogar no futebol saudita, como Neymar, Cristiano Ronaldo, Karim Benzema, N’Golo Kanté, Roberto Firmino, entre outros.

A injeção de dinheiro nos clubes faz parte de uma política de “sportwashing” do governo saudita, que usa o esporte para melhorar sua imagem perante à comunidade internacional em meio a denúncias de violação aos direitos humanos.

Indonésia e Austrália conversam desde março sobre a possibilidade de realizarem o Mundial. Eles têm até 31 de outubro para apresentar uma candidatura, prazo fixado pela Fifa para manifestar o desejo de sediar a competição. A próxima Copa do Mundo, em 2026, será a primeira a ser disputada com 48 seleções, e não mais 32, e também será a primeira com sedes em três países: Estados Unidos, México e Canadá.

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