Matas de Minas participa da discussão da digitalização das indicações geográficas de café

A Região das Matas de Minas participou da 3ª Reunião do Projeto Origens: Digitalização das Identidades Geográficas (IGs) de cafés, nos dias 22 e 23 de abril, em São Roque (MG).

O encontro reuniu representantes das IGs de cafés, do Sistema CNA/Senar, Sebrae, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), associações, produtores rurais e líderes comunitários da região com o objetivo de debater a modernização das indicações geográficas nacionais.

No primeiro dia do encontro, os participantes visitaram a Fazenda Vale do Cerrado, que pertence a um grupo familiar que produz cafés especiais com Denominação de Origem (DO) da região da Serra da Canastra.

De acordo com a assessora técnica do Instituto CNA, Marina Zimmermann, os participantes discutiram os principais pontos de interesse relacionados à atuação da maioria das IGs de cafés.

“Falamos sobre a necessidade de desenvolver protocolos de sustentabilidade para as áreas próximas aos parques nacionais e reservas, de promoção e marketing para cafés com origem controlada no mercado interno e externo e do fortalecimento das IGs do café”, relatou.

O grupo também esteve reunido com representantes do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) para tratar sobre o apoio financeiro para produtores que buscam nas IGs um ativo de diferenciação de produtos.

O segundo dia do encontro foi marcado por debate técnico com apresentação do plano de metas das IGs de café, e desenvolvimento do sistema operacional para o controle, a gestão e a rastreabilidade das IGs e os objetivos da política nacional de propriedade intelectual.

A empreendedora Paula Dulgerhoff, da cafeteria Mundo Café, falou sobre a comercialização de seus cafés com Origem Controlada de Indicações Geográficas, produzida a partir de sua curadoria e torrefação em Uberlândia (MG).

Os participantes também tiveram palestras sobre a atuação do Senar em Minas Gerais. O coordenador da Regional de Passos, Roger Coelho, compartilhou com os participantes as principais ações, em especial as capacitações e a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para a cadeia do café.

“A assistência técnica e gerencial tem duração de quatro anos e conta com resultados significativos de aumento de produção de cafés e diminuição do custo de produção para os produtores rurais que mais se destacam nos grupos”, destacou Coelho.

Durante o encontro, o Senar também apresentou a estrutura e as principais ações do Centro de Excelência do Café, localizado na cidade de Varginha, no sul de Minas Gerais, além de cursos técnicos e capacitações para jovens na área do agro e do café.

MATAS DE MINAS

As “Matas de Minas” incluem 64 municípios do Estado de Minas Gerais. A região responde hoje por aproximadamente 24% da produção de café do Estado, em 275 mil hectares, cultivados por 36 mil produtores, sendo que aproximadamente 80% deles possuem de 3 a 20 ha. de café plantados, ou seja, são pequenos proprietários. No geral, pode-se dizer que a cafeicultura da região é predominantemente de base familiar, e constitui uma densa classe média rural.

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