Possessividade e egoísmo são tendência de relacionamento na pandemia

Possessividade e egoísmo são tendência de relacionamento na pandemia

No mundo do sexo e dos relacionamentos, existem diversas tendências comportamentais que ganham ou perdem força de acordo com o contexto. Neste momento de pandemia, incertezas e solidão, um comportamento que tem sido comum é o que muitos chama de seagulling.

Trocadilho com o inglês para gaivota, seagulling seria, em tradução livre, “gaivotar”. O termo foi inventado pelo portal Metro e conceitua o ato de não querer mais estar com a pessoa, mas também não querer que ela esteja com outro alguém.

O uso da gaivota faz referência aos pássaros do filme Procurando Nemo, que são possessivos e, mesmo com a boca cheia de comida, gritavam “meu, meu meu” para reivindicar todos os peixes disponíveis como seus. No mundo humano, é o mesmo que colocar alguém em “banho maria”.

Apesar de ser algo que acontece em relacionamentos desde sempre, especialistas apontam que a sensação de “tempo perdido” causada pela atual pandemia facilita que este comportamento egoísta apareça.

“Agora que podemos ver a luz no fim do túnel, muitos relacionamentos vão perder intensidade e cair, à luz de um futuro livre de Covid e restrições sociais”, afirmou Tess Leigh-Phillips, do Your Happy Heart Coach, em entrevista ao portal britânico.

Uma pergunta que pode pairar é: independente de coronavírus, o que leva uma pessoa a manter um relacionamento com alguém mesmo quando já não é mais a mesma coisa? Os principais motivos são, além da ansiedade em não saber se vai encontrar outra pessoa, a rejeição à sensação de perda no momento em que a ex-parceria engatar outra relação.

Também ao Metro, a especialista em relacionamentos on-line Charisse Cooke, explica que é inerente ao ser humano não lidar muito bem com o sentimento de perda – seja ela grande ou pequena.

“O pensamento dessa pessoa estando com outra pode provocar sentimentos surpreendentemente poderosos em nós, porque traz à tona o fato de que acabamos de perder alguém, e ele está compartilhando sua vida – e cama – com outra pessoa”, afirmou.

Depois de uma autoanálise, se identificou e percebeu que está “cozinhando” o(a) coleguinha? Além de colocar na balança as consequências emocionais que isso pode trazer à parceria, a principal dica é focar em si mesmo(a) e no mundo fora do seu relacionamento. Afinal, é sempre válido lembrar: ele existe.

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