Semana começa com dois mortos e um ataque a tiros por razões políticas

No domingo, o deputado federal Paulo Guedes (PT) foi atacado a tiros por um policial militar durante uma carreata em Montes Claros, Norte de Minas. O autor do crime foi preso na noite de domingo, mas foi solto nesta segunda-feira (26) após pagar fiança

Segundo relatos no Boletim de Ocorrência, registrado pela Polícia Militar, o carro com o policial passou pela carreata de Paulo Guedes por volta de 21h30. O deputado disse que o autor colocou o braço para fora e atirou em direção ao trio elétrico utilizado para discursos.

O policial que efetuou os disparos disse que atirou depois que o carro onde estava foi cercado por motoqueiros. O motorista do veículo, no entanto, não relatou que o carro havia sido cercado e disse que não percebeu tiros.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e foi enquadrado como crime eleitoral.

Petista assassinado

No ataque cometido no Ceará, na tarde de sábado (24), um homem apontado como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) matou um apoiador do ex-presidente Lula. O assassino chegou em um bar na cidade de Cascavel perguntando se alguém ali iria votar no ex-presidente Lula (PT).

Neste momento, a vítima, um homem de 39 anos, teria se manifestado como eleitor do petista. O autor do crime então foi até o homem e o esfaqueou pelas costas. A vítima foi socorrida, mas morreu no hospital. Segundo a polícia do Ceará, o suspeito fugiu do local e, até a tarde desta segunda-feira, não tinha sido localizado.

O vice-presidente do PT, deputado José Guimarães, que é do Ceará, usou as redes sociais para manifestar repúdio e preocupação com o aumento da violência. “Mais um eleitor de Lula assassinado. O criminoso esfaqueou a vítima após ela se manifestar a favor do petista em Cascavel (CE). Não é um caso isolado. É mais um crime político. Precisamos dar um basta nesse ódio bolsonarista que ceifa vidas. Essa barbárie precisa acabar!”, escreveu.

Bolsonarista assassinado

Também no sábado, um eleitor do presidente Jair Bolsonaro foi assassinado em um bar, por um conhecido, por causa de discussões políticas. Segundo os veículos de imprensa local, o crime aconteceu em um bar de Rio do Sul, no Vale do Itajaí (SC), e o autor do crime era conhecido por ser um apoiador de Lula. A vítima foi um homem de 34 anos.

De acordo com a NSC TV, durante a discussão, o autor do homicídio teria dado um tapa no rosto da vítima, que o pegou pelo pescoço e o levou para fora do bar. Ao voltarem para dentro do estabelecimento, testemunhas viram que um dos homens já estava ensanguentado. A vítima foi socorrida, mas faleceu no domingo.

Operação especial 

Para evitar e monitorar o crescimento dos crimes eleitorais, o Ministério da Justiça lançou a “Operação Eleições 2022”. A ação conjunta durante o primeiro turno das eleições gerais de 2022 será acompanhada, em tempo real, por representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das polícias Civis e Militares, da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Corpo de Bombeiro Militares, Ministério da Defesa, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), das secretarias de Segurança Pública e Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Boletins com o balanço da operação será divulgado de três em três horas até o dia da eleição. Os trabalhos serão monitorados pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) e pelos Centros Integrados de Comando e Controle Estadual (CICCE).

Ainda segundo dados divulgados pelo Ministério da Justiça, nas eleições municipais de 2020 foram presas 2,7 mil pessoas e apreendidos 35 menores. As principais ocorrências foram relacionadas a apreensões com destaque para material de campanha.

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