Sete em cada 10 brasileiros aderiram ou querem aderir ao Desenrola, diz pesquisa

Sete em cada 10 brasileiros aderiram ou querem aderir ao Desenrola, diz pesquisa

Sete em cada dez brasileiros endividados aderiram ou pretendem aderir ao Desenrola, o programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal e do qual os bancos participam. A conclusão é de pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Ipespe, entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro.

De acordo com o levantamento, 73% dos entrevistados já aderiram ou pretendem aderir ao Desenrola, enquanto 24% não aderiram e nem pretendem. Na pesquisa de junho, em que o programa ainda não havia sido lançado mas já havia sido divulgado, os porcentuais eram de 65% e de 28%, respectivamente.

A adesão é mais forte na região Norte do País, em que 82% dos entrevistados disseram que entraram ou pretendem entrar no programa, e entre entrevistados com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (77%).

A primeira fase do Desenrola, em vigor desde julho, abrange dívidas bancárias de clientes com renda familiar entre dois salários mínimos e R$ 20.000, ou seja, acima da faixa de renda que mais demonstrou entusiasmo com o programa na pesquisa. Entretanto, alguns bancos têm estendido as condições de renegociação a um público mais amplo.

Não há restrições a essa ampliação, mas o benefício que os bancos obterão com o programa, sob a forma de créditos fiscais, vale apenas para o público incluído no programa. A faixa de menor renda entrará “oficialmente” no Desenrola neste mês, e as renegociações contarão com garantia financeira do Tesouro.

O Desenrola também passou a ser mais conhecido pela população que em junho, com 70% dos entrevistados afirmando saber sobre o programa, contra 45% em junho.

A pesquisa da Febraban e do Ipespe também mediu o endividamento da população neste ano. Na atual rodada, 25% dos entrevistados afirmaram que estão mais endividados neste ano que no anterior, contra 20% na pesquisa de junho. Em fevereiro, apenas 15% alegavam estar mais endividados agora. 38% afirmam estar menos endividados que em 2022, contra 40% em junho, e 53% em fevereiro.

A pesquisa ouviu 2.000 entrevistados que representam a população brasileira adulta. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95,5%.

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